terça-feira, dezembro 19, 2006

SEMANA 12 ECS11





Desigualdades educativas estruturais no Brasil: entre Estado, privatização e descentralização.

O Brasil possui um sistema educacional fragmentado. Escolas públicas e privadas, algumas instituições estão ficando ricas com os incentivos do Estado e no entanto as escolas públicas não tendo o essencial. Apesar das lutas da escola pública no Brasil e de uma legislação em vigor a rede pública possui inúmeras deficiências qualitativas e quantitativas. É preciso observar e analisar as condições necessárias para combater as desigualdades educativas estruturais, melhorar as políticas públicas para que se tenha de fato uma escola que propicie o crescimento do indivíduo como um todo.
Gravataí possui políticas públicas de inclusão, projetos: Educação de Jovens e Adultos (EJA) e Centros Regionais de Jovens e Adultos (CEREJA). Mas ainda falta muito, cito como exemplo e Centro de Inclusão Digital que foi incerido na escola e por falta de manutenção e um trabalho efetivo de formação de monitores hoje está desativado. Telecentro este , que adquirimos 12 computadores através de doações e um projeto que concorremos em âmbito estadual e ganhamos. Fizemos festas na comunidade, galetos, rifas tudo para angarear fundos para a montagem da sala de informática.
Trabalho na escola pública ha 18 anos e vejo que a evolução é pequena diante das necessidades como um todo da educação. Diante de todas estas constatações é necessário também dizer que é de responsabilidade do Estado, das regiões e dos indivíduos favorecidos de um modo ou de outro da educação dos mais pobres.
Jamais podemos justificar os insucessos e as desigualdades como sendo os docentes e os mais pobres culpados pela desagregação e fracaço educacional.




Um comentário:

Simone Gimenes disse...

Olá Cristina,
sua preocupação com os incentivos fiscais do Estado para as entidades educacionais "filantrópicas" certamente são compartilhadas com outros educadores, haja vista o descaso com o ensino público de base neste país. Também concordo com sua crítica ao que os sociólogos chamam de "culpabilização da vítima", ou seja, atribuirmos o insucesso das classes populares no âmbito escolar (e em outros)a eles mesmos, como se a desigualdade extrema que existe neste país fosse causado unicamente pelos pobres que, na realidade, são as maiores vítimas de uma estrutura sócio-política criada por um sistema econômico em que eles, na maioria das vezes, estão excluídos e pouco participam como consumidores, quiçá como produtores.

abraços e boas férias

Simone Gimenes - tutora